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Investigação UX Remota - a nossa selecção das melhores ferramentas online para conduzi-la

Outubro 6, 2020

Se a investigação remota era já uma realidade para muitas equipas de UX, 2020 tornou-a uma realidade para a maioria de nós. Devido à pandemia do COVID-19, muitas pessoas tiveram de ficar em confinamento o que, de forma a darem continuidade aos seus projectos e investigação, significou terem de se adaptar e encontrar novas formas de conduzir investigação (sem perderem informações importantes). 

Como uma equipa que se foca em investigação UX e em design, reunimos algumas das melhores ferramentas para conduzir investigação remota e combinámo-las, com o nossos conhecimento pessoal, neste artigo.

Dito isto, surgem algumas questões como: pode a investigação remota ser a normalidade futura para a área de UX? Existem aspectos negativos? Iremos tentar responder a algumas dessas dúvidas neste artigo.

Métodos de Investigação e Ferramentas

Os métodos de investigação podem ser distinguidos entre quantitativos e qualitativos (para mais informação sobre este assunto, recomendamos a leitura do artigo “When to Use Which User-Experience Research Methods” no website do Nielsen Norman Group) e embora, na maioria das vezes, sejam ser realizados presencialmente, iremos enumerar alguns dos métodos que podem ser realizados remotamente e as ferramentas que pode utilizar para o fazer.

1. Investigação Remota Quantitativa

Quanto à investigação remota quantitativa, existem métodos como card sorting, questionários, testes A/B, análise da sequência de cliques, entre outros. Para estes, aqui estão alguns exemplos das ferramentas online que pode usar:

Hotjar - Reúne dados de heatmaps, gravações de visitantes e questionários. Um dos seus recursos mais interessantes: os utilizadores podem deixar notas directamente durante o teste.

Optimal Workshop - Permite uma variedade de diferentes tipos de investigação mas recomendamos usá-la devido à forma em que apresenta os dados no final dos testes.

2. Investigação Remota Qualitativa

Quanto à investigação remota qualitativa, que não tem a ver com números mas sim com compreender o comportamento, motivações e opiniões dos utilizadores, pode ser tanto moderada (testes de usabilidade, entrevistas com utilizadores, focus groups e workshops) ou não moderada (testes de usabilidade). 

2.1. Moderada

Na realização de testes de usabilidade remotos moderados, o utilizador e o facilitador (a pessoa que conduz a investigação) estão presentes, ao mesmo tempo, num espaço/ferramenta virtual. Seguem um protocolo com tarefas/questões e o facilitador guia o processo. Qualquer plataforma que permita a partilha de ecrã e a gravação de vídeo/som servirá para tal. E tenha em consideração que, tal como presencialmente, nestes cenários é possível ler as expressões faciais e o tom de voz do utilizador. Portanto, lembre-se de procurar momentos de silêncio particulares pois podem ser fundamentais para perguntar o que vai na cabeça do utilizador. Para isto recomendamos:

Zoom - Óptimo para entrevistas, permitindo a partilha de ecrã/gravação. Uma das suas características mais interessantes é um canal de áudio paralelo para intérpretes.

UserZoom - Uma boa ferramenta tudo-em-um, com uma vasta possibilidade de métodos de investigação. Pode oferecer recrutamento de participantes e relatórios automatizados.

UserTesting - Permite-lhe testar numa variedade de diferentes equipamentos e obter dados tão específicos como o tempo despendido em cada tarefa.

Se, por outro lado, for facilitar um focus group ou um workshop remoto irá provavelmente precisar de uma ferramenta que permita aos participantes organizar as suas ideias. Para estes casos, recomendamos quer o Miro quer o Mural (que são bastante semelhantes). 

Miro - Está preparado para integrar mais apps que o Mural.

Mural - Tem óptimas funcionalidades para os facilitadores como permitir bloquear algum conteúdo num página. Lançaram também um manual interessante para workshops remotos. Consulte-o: “The Definitive Guide To Facilitating Remote Workshops”.

2.2. Não moderada

A investigação com utilizadores não moderada pode ser muito útil pois não depende de fusos horários nem da disponibilidade da sua equipa! Nestes casos, o utilizador terá acesso ao protocolo (com as tarefas para o teste) e realizá-lo-á quando puder, sem ser necessário agendar. A maior parte das ferramentas para os testes de usabilidade não moderados irão captar vídeo e som, o que o permitirá depois observar as expressões faciais do utilizador e as suas reacções. 

Lookback - Cada vez que um utilizador termina um teste irá aparecer automaticamente no seu painel. Criaram uma app simples para os utilizadores acederem de forma a completarem o teste, sem ser necessário ter conta.

Userbrain - A Userbrain é compatível com protótipos construídos em quase qualquer plataforma. Parece ser um preço bastante bom para o produto que se obtém.

Mode remoto: sim 👍 ou não 👎

Então, pode a investigação de UX ser bem sucedida em modo remoto? Definitivamente. 

Algumas das suas grandes vantagens: não se perde tempo em viagens e portanto há menos atrasos; é possível reunir dados de participantes internacionais; as soluções não moderadas não implicam restrições de fuso horários e há mais flexibilidade de horário (para si e para os utilizadores).

Quais são os aspectos negativos? Bem, o mais evidente é a ligação à internet. Terá de contar com quebras de internet não só da sua parte mas da parte do utilizador também, então esteja preparado para re-agendar devido a problemas de ligação à internet. Interpretar a linguagem corporal e as reações do utilizador pode ser mais difícil do que presencialmente, mas não impossível.

Concluindo, parece-nos que as vantagens compensam definitivamente alguns dos aspectos negativos. Sem mais nada a dizer por agora, divirta-se a explorar as ferramentas online de investigação que mencionámos e muitas outras que existem por aí, de forma a decidir quais as que funcionam melhor para si. 

Por Cláudia Pinto

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